domingo, 13 de março de 2011

Congresso da Inspirados pelo Autismo-nível 1 - A aprendizagem Social através da interação prazerosa.


Este workshop foi realizado em novembro de 20110 no Rio de Janeiro.
Pude aprender muito sobre a intervenção com crianças autistas.

CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO CHRISTUS.
EDUCAÇÃO INFANTIL- 1º PERÍODO
PROFª DENISE ARAÚJO
PROJETO CANTANDO E APRENDENDO CANTIGAS.



A cultura é aqui entendida de uma forma ampla e plural, como o conjunto de códigos e produções simbólicas,científicas e sociais da humanidade construído ao longo das histórias dos diversos grupos, englobando múltiplos aspectos e em constante processo de reelaboração e ressignificação. Esta idéia de cultura transcende, mas engloba os interesses momentâneos, as tradições específicas e as convenções de grupos sociais particulares. O domínio progressivo
das diferentes linguagens que favorecem a expressão e comunicação de sentimentos, emoções e idéias das crianças, propiciam a interação com os outros e facilitam a mediação com a cultura e os conhecimentos constituídos. Incide sobre aspectos essenciais do desenvolvimento e da aprendizagem e engloba instrumentos fundamentais para as crianças continuarem a aprender ao longo da vida.
( RECNEI- Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil).



Justificativa
O processo de construção do conhecimento na educação infantil através do lúdico é sempre o melhor caminho para alcançar sucesso no ensino-aprendizagem. A criança conhece e reconhece os limites da realidade e da fantasia através do brincar. A escola deve assumir a posição de auxílio nesse processo que vai além à aprendizagem de conteúdos, mas permeia diversas áreas do desenvolvimento infantil. O brincar ajuda a criança a compreender e fazer parte dos sistemas lógicos sociais, no que tange ao respeito ao outro, ás regras do seu grupo e de grupos representados na hora do brincar, vivencia outras possibilidades de existência social. O brincar permite á criança apreender a realidade e reinventá-la, que é uma das premissas da produção do conhecimento e da pesquisa: observar a realidade, compreendê-la e atuar de maneira criativa sobre ela.
Em se tratando do trabalho com cantigas podemos ressaltar a pertinência de resgatar a tradição oral do brincar com músicas, com movimento, com criatividade num contexto de brinquedos eletroeletrônicos que incentivam o corpo e a mente a pensar passivamente. As crianças tem a oportunidade de refletir e extrair conceitos de textos orais que já conhecem sem se preocupar em decifrá-lo, mas apenas refletir sobre ele.
Aprender através das cantigas só é possível através da articulação intencional e de objetivos bem definidos dos conteúdos acadêmicos com as temáticas de cada enredo. Sendo possível, por exemplo, através da cantiga ´´meu pintinho amarelinho´´ fazer inúmeras inferências solicitadas por cada disciplina: na matemática podemos trabalhar cores, noção de grandeza( qual é a cor do pintinho? É uma cor primária? Por que está no diminutivo? Qual o tamanho de um pintinho?). Na língua portuguesa podemos tratar sobre o reconhecimento de letras e sílabas trabalhadas, construção de texto oral sobre alguma experiência com pintinhos, reconstrução do texto. Nas artes os trabalhos manuais e estéticos podem ser exercitados através da produção de ilustrações para o caderno de cantigas, encenação dos enredos. Em natureza e sociedade podemos focar os dois eixos o da história do surgimento das cantigas, em que contexto elas aparecem e que modos de vida representa, relatos de como os avós ou outros parentes brincavam com cantigas na infância; em ciências podemos observar concretamente um pintinho e realizar suas inferências individuais sobre as características e físicas e do comportamento desse animal, pesquisar sobre ele ,classificá-lo, tirar suas conclusões.
O aspecto lúdico do trabalho com cantigas em sala de aula abre um leque de opções para que a relação da criança com o conhecimento torne-se uma relação de empatia e alegria.

Objetivo Geral

Proporcionar desenvolvimento integral da criança por meio de propostas lúdicas e criativas, articulando os conteúdos apropriados à faixa etária de 5 anos com as temáticas apresentadas pelas cantigas.
a) Conceituais: Construir conceitos com as crianças sobre a importância sócio-cultural das cantigas nas gerações e culturas e apreender os conhecimentos que elas apresentam nas suas letras.
b)Procedimentais: Permitir que as crianças se apropriem de conhecimentos da cultura humana como novas formas de brincar, cantar, dançar, falar, etc.


c) Atitudinais: Incentivar a valorização e o respeito pelas diferentes formas de brincar, de viver sua história dos diversos grupos e pessoas.

Objetivos específicos de cada disciplina.

Prática de Leitura
• Conhecer e memorizar um repertório de músicas por meio da leitura feita pelo professor ou pelos próprios alunos.
• Adquirir fluência na leitura das letras das músicas.
• Identificar, nas letras das músicas, os jogos de palavras que envolvem significado ou formas, as rimas, as repetições que marcam os ritmos, as intenções do autor, a beleza da linguagem etc.
• Adquirir mais confiança em si mesmos como leitores, atrevendo-se a antecipar o significado dos textos e preocupando-se, depois, em verificar suas antecipações.
• Utilizar dados disponíveis nos textos como aspectos da diagramação e recursos gráficos próprios das letras de músicas para fazer antecipações e verificá-las.
• Estabelecer relações entre diversos textos acerca de um mesmo tema e/ou entre as músicas estudadas.
• Distinguir o que se entende e o que não se entende no texto que está sendo lido.
• Utilizar recursos para superar dificuldades de compreensão durante a leitura (pedir ajuda aos colegas ou ao professor, reler o trecho que provoca dificuldades, continuar a leitura com a intenção de que o mesmo texto permita resolver as dúvidas ou consultar novos materiais para esclarecê-las).
• Procurar compreender o significado de uma palavra desconhecida no texto a partir do contexto, do estabelecimento de relações com outros textos lidos e da busca no dicionário (principalmente, nos casos em que o significado exato da palavra é fundamental).

Prática de Escrita
• Copiar letras de músicas, observando aspectos como: organização textual, legibilidade e ortografia.
• Escrever letras de músicas memorizadas, listas de títulos das músicas preferidas, nomes de intérpretes e/ou compositores, utilizando os conhecimentos disponíveis sobre o sistema de escrita, pedindo, com precisão crescente, as informações de que necessita, fazendo perguntas cada vez mais específicas.
• Ditar as canções para o professor ou para o colega, adequando o ritmo da fala ao ritmo da escrita.
• Estabelecer relações com a escrita de palavras conhecidas e recorrer a diversas fontes de informação existentes na classe em situações de escrita por si mesmos.
• Colaborar em situações de produção coletiva de textos, acompanhando seu desenvolvimento, dando idéias acerca do que deve ser escrito, suprimido, modificado etc.
• Colaborar em situações de produção de textos em duplas ou em pequenos grupos, atendo-se à sua função (que pode ser a de produtor, revisor, ou escriba).
• Utilizar procedimentos e recursos próprios da produção de textos quando a tarefa for realizada individualmente (utilizar informações provenientes de fontes diversas, fazer rascunhos, revisar seu próprio texto simultaneamente à produção, discutir com outros leitores aspectos problemáticos do texto, reler o que se está escrevendo etc.)
• Revisar o texto do ponto de vista ortográfico, considerando as regularidades aprendidas e a ortografia convencional de palavras de uso freqüente, uso de maiúscula ou minúscula a partir da distinção entre nomes próprios e comuns e inícios de oração.

Comunicação Oral
• Escutar atentamente as músicas e memorizá-las.
• Interessar-se em ouvir músicas e manifestar sentimentos, experiências, idéias e opiniões durante as situações de escuta de CDs, fitas e/ou apresentações musicais.
• Participar de variadas situações de comunicação oral, para interagir e expressar desejos, necessidades e sentimentos por meio da linguagem oral, contando suas vivências; • Expressar-se; • Pronúncia correta das palavras; • Usar a linguagem oral para conversar, brincar, comunicar-se e expressar desejos, opiniões, necessidades, idéias, etc. • Estimular que expressem suas vontades e descontentamentos através da linguagem oral; • Familiarizar-se, aos poucos, com a escrita por meio da participação em situações nas quais ela se faz necessária e do contato no cotidiano através do registro das cantigas. etc


Artes
• interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas (regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura;
• produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho,da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.Exploração e manipulação de materiais, como lápis e pincéis de diferentes texturas e espessuras, brochas, carvão, carimbo etc.; de meios, como tintas, água, areia, terra, argila etc.; e de variados suportes gráficos, como jornal, papel, papelão, parede, chão, caixas, madeiras etc.
• Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais, visando a produção de marcas gráficas.
• Cuidado com o próprio corpo e dos colegas no contato com os suportes e materiais de artes.
• Cuidado com os materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente ou em grupo.
Utilizar o dedo para realizar as colagens;
•Observar o limite disponível para os desenhos, pinturas e colagens; •
• Participar de mímicas das músicas;
• Fazer uso dos pincéis do tipo grosso, de maneira adequada;
• Utilizar diversos materiais gráficos e plásticos sobre diferentes superfícies para ampliar suas possibilidades de expressão e comunicação;
• Produzir trabalhos artísticos, utilizando a linguagem do desenho, da pintura, da modelagem, da colagem, da construção, desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação;
• Estimular o cuidado com os materiais;
• Observar e identificar imagens diversas;

Música


• explorar e identificar elementos da música para se expressar, interagir com os outros e ampliar seu conhecimento do mundo;
• perceber e expressar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio de improvisações, composições e interpretações musicais.
• Participar de brincadeiras e jogos cantados e rítmicos;
• Participar de situações que integrem músicas, canções e movimentos corporais.
• Escutar obras musicais variados;
• Produzir sons com instrumentos e o próprio corpo;
Estimular o cuidado com os materiais;
• Ouvir, perceber e discriminar eventos sonoros diversos, fontes sonoras e produções musicais;
• Brincar com música, imitar, inventar e reproduzir criações musicais;
• Interpretar músicas e canções diversas.

Matemática


• Relacionar os conceitos aprendidos em sala de aula com os textos das cantigas.
• Exercitar os conceitos matemáticos.
• Identificar as cores primárias e algumas secundárias;
• • Ampliar o campo numérico de 01 a 10;
• Fazer relatórios individuais e em grupos dos jogos e atividades propostas; • Seqüenciar fatos;
• Estabelecer relações de: cheio/vazio, em cima/em baixo, maior que/menor que, de um lado para o outro, em pé/sentado, aberto/fechado, alto/baixo, curto/comprido, perto/longe, pequeno/grande, leve/pesado;
• Comparar quantitativamente conjuntos;
• Nomear cores e formas;
• Estabelecer aproximações a algumas noções matemáticas presentes no seu cotidiano, como contagem, relações espaciais, etc;


Natureza e sociedade


Aproximar os acontecimentos da atualidade, do mundo que nos cerca, com a sala de aula;
• Participar de atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros grupos;
• Explorar o ambiente, para que possa se relacionar com pessoas, estabelecer contato com pequenos animais, com plantas e com objetos diversos, manifestando curiosidade e interesse;
• Ampliar o conhecimento do mundo;
• Participar de atividades que envolvam histórias, brincadeiras, jogos e canções para despertar e esclarecer curiosidades sobre o nosso folclore brasileiro.

Sócio afetivo


• Criar combinações para o desenvolvimento da rotina;
• respeitar regras pré-estabelecidas;
• Compartilhar materiais de uso comum, bem como brinquedos e espaços;
• Esperar sua vez de expor idéias e pensamentos;
• Ouvir os que os colegas têm para falar;
• Conhecer regras de sociedade;
• Solucionar de maneira pacífica os conflitos surgidos durante o dia;
Movimento
• Desenvolver Grandes Movimentos:
• Participar de brincadeiras com pequenas regras;
• Vivenciar diferentes sensações, objetivando o aprimoramento da coordenação motora ampla com diversos materiais, tais como. Balões, caixas, garrafas, corda, cadeiras;
• Reconhecer as suas próprias capacidades motoras e possibilidades cinéticas;
• Explorar as possibilidades de gestos e ritmos corporais para expressar-se nas brincadeiras e nas demais situações de interação;
Pequenos Movimentos:
• Explorar e utilizar os movimentos de preensão, encaixe, lançamento, etc..., para o uso de objetos diversos;
• Encaixar objetos por tamanho;
• Rasgar, amassar e picar materiais com texturas e tamanhos diferentes;
• Modelar livremente com massinhas e argila;
• Aperfeiçoar gestos relacionados com a preensão, o encaixe, o traçado no desenho, o lançamento, etc..., por meio de experimentação e utilização de suas habilidades manuais em diversas situações do cotidiano
de maneira tranqüila trabalhos em grupo;
• Valorizar sentimentos de: arrependimento, amizade, cooperação, cuidados com o próximo;
• Participar de eventos de socialização;

Etapas do projeto

1.Cantar e brincar de roda
tornar parte da rotina o cantar e brincar com as cantigas e a partir disso ampliar o repertório da turma;
2.Cantiga na roda de discussão
realizar as primeiras inferências sobre as cantigas questionando os alunos sobre o significado de cada letra, seus sentimentos sobre a música, sobre os movimentos;

3.Link com os conteúdos
discutir sobre os temas específicos gerados pelas disciplinas.

4.Pesquisa
Instrumentalização para coleta de dados relacionados às demandas das disciplinas.
Quais são suas músicas preferidas? Elas têm relação com a cultura local? Será que seus pais e avós cantavam as mesmas cantigas quando crianças? Convidando os alunos para brincar e cantar na escola, o professor pode gerar discussões interessantes sobre a origem dessas cantigas, sua relação com a tradição oral da comunidade, do bairro ou com a cultura da região, ou ainda sobre as transformações que os ritmos e os movimentos que as acompanham sofreram ao longo dos tempos. Será também uma excelente oportunidade para ampliar seu repertório de cantigas e brincadeiras de roda, ao mesmo tempo em que aprendem sobre os costumes do lugar onde vivem. Caso conheçam poucas cantigas, o professor poderá organizar uma pesquisa junto de familiares e outras pessoas da comunidade, além de apresentar a eles CDs e livros sobre o assunto.
português
Já vimos que é importante descobrir que músicas nossos alunos cantam e quais já são conhecidas por eles dentre as que o professor escolherá trabalhar. Já sabemos também da necessidade de o professor fazer uma pré-seleção intencional a respeito das músicas que iniciarão o trabalho, levando em conta as letras e a pesquisa realizada pela classe. Mas, qual é o próximo passo? A memorização, uma vez que ajudará os alunos a encontrarem pistas na hora em que estiverem lendo ou escrevendo. Além disso, se o conteúdo do
texto é conhecido, subtrai-se um dos problemas que as crianças enfrentam, ou seja, sabendo O QUE está escrito, só precisarão pensar em COMO está escrito e de que forma se organiza. E como criar situações para que as crianças memorizem as letras? Claro que é através da repetição, ou seja, ouvir e cantar, muitas vezes, a mesma música garante a apreensão da letra. Para isso, precisamos assumir uma atitude mais regular.

5.Produção
As cantigas de roda ou de ninar, os ritmos e melodias que acompanham os momentos de trabalho e até mesmo as cantigas de amor e os rituais religiosos presentes nas festividades locais podem ser coletados e trabalhados pelos alunos que, com a ajuda do professor, organizarão seu registro escrito e oral.
A composição do CD ou fita cassete envolve também importantes aprendizagens no campo da música, o que torna o projeto ainda mais significativo, pois permite um inter-relacionamento entre as áreas de Língua Portuguesa e Artes. Na montagem do CD, professor e alunos deverão pesquisar os ritmos e as melodias das cantigas selecionadas, tomar decisões quanto ao seu resultado sonoro e acompanhar a gravação das músicas. As vozes dos alunos poderão se misturar aos sons de instrumentos, tornando o produto final uma ferramenta de qualidade agradável para se ouvir e cantar. O mesmo ocorre com o ensaio da apresentação.
• Ouvir músicas no gravador ou através de sua exposição pelo professor;
• Ouvir músicas pausadamente, frase por frase, para que as crianças repitam, respeitando, inclusive, a melodia e o ritmo;
• Pesquisar, no dicionário, as palavras desconhecidas;
• Cantar todos os dias;
• Pedir à classe para ditar a letra da música, de modo que o professor a reproduza em cartazes, depois expostos no mural da classe. Nessa atividade, é importante que o professor dê ao cartaz um uso freqüente: numa aula, poderá discutir como organizar as frases musicais (O que se escreve na parte de cima? Aonde começam as frases? Aonde terminam? Quando vamos para a linha de baixo? Etc.); em outro momento, poderá pedir que um aluno siga a letra com o dedo, enquanto os outros a acompanham cantando (assim, aprenderão a direção da escrita e criarão estratégias de busca quando não for possível acompanhar a música). Em "Pirulito", por exemplo, caso o dedo da criança "se perca" pelo texto, e se for explicado que certas palavras se repetem, ela poderá se guiar com maior facilidade. Outra questão ainda importante no uso desse cartaz é a estabilização (aprendizado) de certas palavras. Se, por exemplo, estudou-se a música "O meu chapéu" e a palavra CHAPÉU estabilizou-se, as crianças poderão aproveitar esse conhecimento para escrever outras que também começam com CHA ou para reconhecer, em "Pombinha Branca", a frase "...chapéu do lado, meu namorado".

6)Conclusão-Produção do livro de cantigas, cd de cantigas e/ou encenação.
A culminância do projeto se dará com a exposição do livro de músicas confeccionado individualmente pelas crianças. Os pais serão convidados para uma sessão de autógrafos e apresentação de uma das músicas do livrinho.


Referencial

Cardápio de Projetos Programa escola que Vale. São Paulo: CEDAC / Centro de Educação para a Ação Comunitária, 2002.
(retirado do site http://cenp.edunet.sp.gov.br/letravida/arquivos/guia_estudos/guia_de_estudos-leitura-bloco11.pdf)

http://minhashistoriasinfantis.blogspot.com/2009/07/projetos-sobre-folclore.html

RCNEI- Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Centro Integrado de Educação Christus
Projeto Comendo Bem

Dia Nacional da Saúde e Nutrição-31 de Março.
Objetivo Geral
Adquirir hábitos alimentares saudáveis e zelar pela saúde do corpo.
Objetivos específicos
 Compartilhar conhecimento prévio do tema;
 Conhecer os benefícios da alimentação saudável e refletir sobre as conseqüências da alimentação empobrecida de vitaminas;
 Demonstrar maior interesse por consumir alimentos saudáveis ;
 Ter atitudes de zelo pelo seu corpo.

Justificativa
A crescente comercialização de alimentos industrializados tem tornado a nossa rotina alimentar empobrecida.As crianças são as mais prejudicadas quando não se alimentam bem ,afetando inclusive o rendimento escolar.Além disso ,é percebida a necessidade da escola reforçar hábitos domésticos relacionados ao cuidado do corpo,devido á subtração do tempo dos pais pelas exigências do mundo do trabalho. A escola pode e deve dar sua contribuição para estabelecer para as crianças uma rotina alimentar saudável e conscientizá-las para o cuidado com a saúde do próprio corpo.

Procedimentos
1)Rodinha de conversa :
Mostrar figuras de crianças doentes ou subnutridas e iniciar a conversa perguntando : Pode alguém deixar de ficar doente?Ouvir as respostas e incentivar a conversa perguntando sobre doenças que eles ou os familiares tiveram e como poderiam ter sido evitadas.
2)Durante toda a semana propositadamente lanchar com as crianças alimentando –se de alimentos saudáveis .O professor deve ser o exemplo ,só assim poderá influenciar os alunos a terem hábitos saudáveis.Elogiar os alunos que trouxerem alimentos saudáveis durante a semana.No entanto,tal atitude deve persistir durante todo o ano para se tornar um hábito.
tverduras ,legumes e outros alimentos para a saúde do corpo.Cada aluno ficará responsável por um ou dois alimentos .Alguns sites podem ser indicados aos pais:
4)Os alunos podem ilustrar com figuras ou desenhos os alimentos pesquisados e expor aos colegas qual o benefício deles para o corpo.
5)Propor lanche coletivo de saladas de frutas e verduras.
Prazo de realização :23 a 31 de março.
Indicação:as atividades podem adaptadas de acordo com a faixa etária.
PROJETO VIAGEM FANTÁSTICA

Justificativa

A aprendizagem de solução de problemas é hoje uma das metas para a educação infantil.
Nossos pequeninos desde cedo precisam ser estimulados a descobrirem mecanismos para resolver os problemas inerentes ao seu universo infantil. Esse trabalho deve envolver as situações do dia-a-dia e perpassa por diversos campos do conhecimento: pela ética, pelo meio ambiente, motricidade, pela matemática, pela comunicação. E através desse enfoque que a criança aprende desde cedo a resolver conflitos com seus pares pelo diálogo, a buscar superar constantemente seus limites motores sem temor, a ser criativa em suas atividades.
A apresentação desses problemas não pode nunca esquecer a fantasia do mundo infantil. É possível trabalhá-los através da personificação dos elementos e dos objetivos. Nesse mundo a viagem até a lua pode ser três passos de urso pela ilha do gigante ou seis passos de elefante pela caverna do morcego: o caminho é decidido em grupo e planejado em detalhes. O brincar e o aprender se tornam sinônimos.

Objetivos

Geral
Segundo O RCNei (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil):

Nas situações de aprendizagem o problema adquire um sentido importante quando as crianças buscam soluções e discutem-nas com as outras crianças. Não se trata de situações que permitam “aplicar” o que já se sabe, mas sim daquelas que possibilitam produzir novos conhecimentos a partir dos que já se tem e em interação com novos desafios.

Especificos:
Segundo O RCNei (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil):
- conhecer algumas rotas turísticas e pequenas curiosidades sobre os locais
-conhecer histórias que envolveram a aventura de conhecer um local novo pelos familiares.
-ouvir histórias que envolvem viagens surpreendentes(livros infantis)
-expressar impressões sobre os assuntos abordados
-elaborar hipóteses sobre o trajeto, meios de transporte necessários, profissionais necessários como suporte, suprimentos necessários, distância, tempo, hospedagem/abrigo das viagens comentadas
-produzir coletivamente uma rota de viagem imaginária
-aplicar os conteúdos trabalhados no bimestre.
-resolver os problemas no decorrer do trabalho


Conteúdos Matemáticos:
-relações de quantidade: numerais de 0 a 14
-noções tempo, espaço e grandeza.

Conteúdos de Linguagem e Expressão:
-vogais (nos nomes dos personagens)
-expressão oral ( elaboração de enredo)

Conteúdos de Natureza e Sociedade:
- meios de transporte
-profissões
-tempo


Procedimentos e Duração
O trabalho fica assim dividido por etapas:
• Etapa 1 : Conceitual - Observação, questionamento, hipóteses.
Assistir a vídeos sobre itinerários turísticos, uso de fotografias, observação e análise de imagens relacionadas ao tema proposto,
A partir das observações, expressar suas impressões, levantar hipóteses e questões - problema articulando-as com os conteúdos do bimestre.
• Etapa 2 : Procedimental - Pesquisa, experimentação.
Produção de rota de viagem (imaginária com personagens e ambientes), grupos de trabalho, vendedor dos pacotes de viagem. Pesquisar informações que auxiliem nas produções e confirmem ou não suas hipóteses. Explorar suas produções e caracterizá-las. Escolher por votação o nome da agência de viagens da turma, que oferecera promocionalmente uma viagem fantástica aos seus clientes.
• Etapa 3 : Atitudinal - sistematização das aprendizagens, mudança de comportamento.
Em rodinhas de conversa, desenhos, atividades escritas externar o que foi apreendido.

Referencial
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Vol. 3 Conhecimento de Mundo— Brasília: MEC/SEF, 1
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Tarsila do Amaral – Vida e Obra.
Nasceu no dia 1º de setembro de 1886, em Capivari- SP numa família rica de barões do café. Tarsila apreciava muito passear pela grande fazenda São Bernardo onde morava. A menina Tarsila, muito viva e inteligente, corria pelos pastos, subia em árvores e dava nome ás grandes pedras arredondadas e aos castos que encontrava perto das fazendas de café. Tarsila fazia bonecas de mato e divertia-se a valer ao lado de seus quarenta gatinhos!
Apesar de morar em uma fazenda, sua vida era requintada. Tudo o que consumia era importado da Europa. Tarsila parecia uma princesinha: tanto seus tecidos de brincar como de passear eram franceses.
Tarsila, seus pais e seus seis irmãos formavam uma família harmoniosa. Sua mãe alegrava o ambiente tocando piano e recontando histórias que lia. Seus pai recitava, com os filhos, versos em francês.
Ainda pequenininha Tarsila fez seu primeiro desenho: uma cesta de flores e uma galinha rodeada de pintinhos.
Aos 16 anos, foi estudar em Barcelona e continuou a fazer desenhos que mostrava aos colegas, dos quais recebia muitos elogios.
Tarsila tornou-se numa mulher bela e inteligente, casou-se e teve uma linda menina chamada Dulce. Depois disso passou a estudar de tudo um pouco: escultura, desenho e pintura. Em pouco tempo, talentosa e dedicada como só ela...Tarsila foi estudar em Paris com os melhores professores de pintura.
Tarsila além de pintar gostava muito de viajar e aprender coisas novas. Gostava também de estar com seus amigos no Brasil. Ela fazia desenhos e pinturas de cada um deles.
Em uma de suas viagens ao Brasil enquanto passeava pelas montanhas alterosas de Minas Gerais, Tarsila descobriu os temas brasileiros que depois se constituíram na alma de sua pintura e partir daí inicia uma fase conhecida como PAU BRASIL, que durou em torno de três anos: são velhas cidades, o homem rude das matas, as flores silvestres e o forte colorido da natureza que se transportam para suas telas com toda vivacidade.
Os tipos humanos , caboclos e negros tipicamente brasileiros e a tranqüilidade das pequenas cidades dentro de combinações de tons rosa e azul encantam quem vê os quadros dessa fase.
Outra coisa que Tarsila gostava de fazer era dar presentes e como surpresa de aniversário para seu marido, o escritor Oswald de Andrade, pintou o quadro Abaporu, em 1928. Só que ela não imaginava que todos ficariam tão espantados com sua obra.
Até a própria Tarsila se perguntava como havia conseguido criar uma figura tão estranha! Talvez fosse uma lembrança de infância, das histórias de assombração ou lendas constadas pelas negras da fazenda em que viveu. Sua emoção deve ter ´´reinventado´´ as histórias na pintura.
A obra Abaporu tornou-se muito famosa e o mais valioso quadro brasileiro. Além disso, deu início ao MOVIMENTO ANTROPOFÁGICO. A intenção era criar um ser antropófago- e o nome saiu mesmo de um dicionário tupi-guarani que significa o ´´gigante que come carne humana´´. Nesse momento Tarsila pintou telas que mostravam imagens de pureza e de liberdade da infância, provavelmente.
Mas nem tudo foi sempre tão bom para Tarsila. Ela que sempre teve uma vida confortável, passou a ter muitas dificuldades por conta da crise financeira que atingiu o mundo todo em 1929. Nesse período Tarsila correu até o risco de perder a fazenda onde morava e teve que trabalhar para se manter.
Tarsila conheceu o caminho da riqueza para a pobreza e a partir dissodeu início a uma fase artística conhecida como SOCIAL, quando fez pinturas que mostravam a vida difícil e sofrida das pessoas, das crianças, das famílias, dos trabalhadores.
Na década de 40, Tarsila esteve no auge de sua arte. Tornou-se muito famosa e fazia muitas exposições em muitas galerias.
Em 1953, O Parque do Ibirapuera foi completamente remodelado para as comemorações dos 400 anos de São Paulo e Tarsila participou com um mural no evento.
Tarsila tem seu trabalho apreciado e considerado em exposições de arte moderna no Brasil e no mundo.


Referencia

REGO, Ligia; BRAGA, Ângela. Tarsila do Amaral- mestres das artes no Brasil. São Paulo:Ed. Moderna, 1998.

Projeto interdisciplinar sobre Tarsila do Amaral


PROJETO ARTE E SABER


Justificativa
O ensino de Artes na escola ao longo dos tempos tem sido marcado por muitos equívocos pedagógicos.
A escola por muito tempo e ate hoje tem conduzido o ensino de Artes como passatempo, como reforço de outros conteúdos ou apenas por motivos decorativos em alusão as festas comemorativas; mas nunca ou raramente pelo real objetivo dessa matéria: desenvolver a percepção estética nos pequeninos.
O desenvolvimento da percepção estética não deve cair em outro engano: o do ‘’deixar fazer’’. O contato com as texturas e possibilidades de criação artística deve acontecer com liberdade em determinados momentos, mas também de maneira dirigida, propondo alvos e ampliando gradativamente a percepção, a compreensão e habilidade no fazer artístico.
Tal proposta se justifica pela necessidade de articular de maneira eficiente o ensino de artes dentro de uma perspectiva interdisciplinar e lúdica, ampliando assim a visão de mundo e percepção estética da turma.

Objetivos
Segundo O RCNei (Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil):

-interessar-se pelas próprias produções, pelas de outras crianças e pelas diversas obras artísticas( regionais, nacionais ou internacionais) com as quais entrem em contato, ampliando seu conhecimento do mundo e da cultura;
- produzir trabalhos de arte, utilizando a linguagem do desenho,da pintura, da modelagem, da colagem, da construção,desenvolvendo o gosto, o cuidado e o respeito pelo processo de produção e criação.

Outro objetivo deste trabalho focaliza a relação interdisciplinar:
- relacionar as produções artísticas e os conhecimentos aprendidos em sala de aula através de observação e reflexão.

Conteúdos Matemáticos:
-coordenação e discriminação visomotora
-cores primarias e secundarias
- noções de grandeza e posição.
Conteúdos de Linguagem e Expressão:
- vida e obra de Tarsila do Amaral
-expressão oral

Conteúdos de Natureza e Sociedade:
- identidade( diferenças e semelhanças físicas, de gostos e hábitos)
-Hábitos de higiene
-corpo humano(partes do corpo, órgãos dos sentidos)
-Escola( estrutura física, organizacional )


Procedimentos e Duração

O projeto será realizado no prazo de 33 dias letivos.
Segundo o RCNei(Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) o ensino de Artes deve articular alguns aspectos básicos:
 fazer artístico — centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal;
 apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores;
 reflexão — considerado tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas.

A partir disso o projeto fica assim organizado por etapas:
1) Etapa: apreciação e reflexão- amostra das obras de Tarsila do Amaral instigando quais os quadros preferidos, os detalhes de cada obra que mais chamam atenção, questionamentos, levantar questionamentos sobre os conteúdos aprendidos em sala de aula( noções de grandeza e posição dos objetos na tela, cores usadas, partes do corpo das figuras humanas, qualidades psicológicas das personagens), estatização das obras( representar com o corpo as personagens da obra), sonorizar a obra
-- inicialmente articular o tema escola realizando passeio pela escola, observando os espaços , rotinas, sons, movimentos e representar no papel

2) Etapa: aprofundamento e reflexão- leitura do Livro Encontro com Tarsila( Cecilia Aranha e Rosane Acedo) e do livro Tarsila do Amaral (Angela Braga e Ligia Rego). Pensar nas relações entre a obra e a historia de vida da pintora.
3) Etapa: fazer artístico – refletir mais especificamente sobre as obras Abaporu(1928), a Cuca (1924) e A boneca(1928). Instigar a percepção dos detalhes e compartilhar o histórico dessas obras. Em seguida, os alunos são convidados a produzir versões dessas obras.
- desenho livre com lápis de cor e giz de cera das obras
- estatização caracterizados
-pintura com massa de modelar
-com papel picado ou amassado
-pintura com tinta

4)Etapa: entrevista, apreciação e participação- convidar um pintor que se idêntica com a técnica utilizada nas obras selecionadas e estudadas. Os alunos conversam informalmente com o pintor, que em seguida faz uma pintura diante da turma com a participação dos alunos que darão sugestões de temas e personagens para a obra.
5) Etapa:fazer artístico- escolher seus próprios temas, personagens e materiais para suas produções. Exposição para os colegas e reflexão sobre suas obra e dos colegas. Exposição para pais e outras turmas.


Referencial
REGO, Ligia; BRAGA, Ângela. Tarsila do Amaral- mestres das artes no Brasil. São Paulo:Ed. Moderna, 1998.
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Vol. 3 Conhecimento de Mundo— Brasília: MEC/SEF, 1
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sábado, 21 de novembro de 2009

poema para tcc

Poder doce do precioso fruto.Nas cascas dos ouriços, energia poderosa quando o vento na mata urbana sopraDescobre onde cai, a forca do solo, Como pode cair em densas e turvas águas?Acreditem já quase não se encontra terra firme para pisarE o alagado sombrio das incertezasCom o calor e banzeiros faz fenecer o precioso fruto escondido.E o pajé nada sabe fazer pra contar de novo aquelas velhas historias de esperança.Sabedor que essa vida e a busca pelo saber, e saber que saber é mais que apenas saber, é também fazer e fazer bem o bem Essa preciosa semente que não esta naquela terra frouxa, mas firmeSaboroso fruto da alma não achada sob os pés, mas la no alto da castanheiraNos fazendo lembrar o valor dos olhos marejados, das mãos calejadas, e do suor derramado pra de dentro dele arrancar.Desse amor dos céus doador que nos identifica com o criador, embora a ferocidade ao redor seja tamanha.Ajudando com lousa e paciência a outros verem que a brisa da madrugada sopra em todos os rostos .
E que o ouro da juventude não esta na forca de suas cascas
Esta na forca escondida capaz de nutrir uma tribo inteira.
Mas vemos a gurizada mergulhando de cabeça com fome de motivos para lutar,
com a bravura que lhe e própria e passam-se muitas luas e sois...
E continuam todos juntos a sos, sem saber onde parar sua pequena canoa
Nem encontrar a castanha preciosa da vida.